sábado, 22 de janeiro de 2011

AROMA E TERAPIA


Como um cheiro pode despertar emoções? 


Estudos comprovam que isso é possível e muito mais: o cheiro penetra pelo nariz e as células olfativas captam as moléculas aromáticas por meio de cílios, enviando impulsos nervosos para o sistema límbico (originalmente conhecido como "rinencéfalo", é a parte do cérebro que regula a atividade senso-motora e é responsável pelos impulsos mais primitimos, como fome, sede e sexo). Quando os impulsos nervosos chegam, o sistema límbico reconhece as moléculas aromáticas e as identifica. É por isso que certos cheiros afetam o nosso humor e despertam emoções. O sistema límbico passa a informação sobre o aroma para o hipotálamo, que a repassa para a hipófise. Daí essa informação vai para as outras glândulas e influencia a atividade imunológica, o batimento cardíaco, a produção de enzimas e hormônios (inclusive os hormônios sexuais). 

Os óleos essenciais são obtidos a partir de flores, folhas, cascas, raízes ou frutos e correspondem a, no máximo, 6% da planta. A qualidade de um óleo depende de uma série de fatores: da procedência da planta, do método de extração e de como é estocado, por exemplo. Sem falar que até o clima, a altitude, o tipo de solo e a forma como a planta foi colhida podem afetar a qualidade do óleo.

Aplicados na pele penetram pelos poros e vão para os vasos sangüíneos que irrigam a derme. Depois, seguem para a corrente sangüínea, o sistema linfático, os músculos e os órgãos. 
Para ser aplicado em massagem, o óleo essencial deve ser dissolvido numa base de óleo vegetal, na seguinte proporção: 2 a 3 gotas de óleo essencial para 1 colher (sopa) de óleo vegetal puro ou combinado.


Um trecho de um poema de Homero dá uma idéia dos poderes de um banho aromático: 

"Aqui ela se banha e à volta de seu corpo
caem óleos de fragrância suave e afrodisíaca,
Os ares perfumados, a brisa calmante conduz
Através do céu, da terra e de todo lugar do espaço".


Os banhos aromáticos podem ser considerados afrodisíacos de acordo com as essências, ervas ou flores utilizadas. 
Na banheira, os aromaterapeutas recomendam diluir na água morna uma dose de um chá bem forte feito com a erva escolhida, ou pingar algumas gotas do óleo essencial.


Os Romanos, por outro lado, utilizavam os óleos essenciais tanto por prazer como para tirar as dores: usavam-nos diariamente nos prolongados banhos perfumados e em massagens.
A paixão do Imperador Nero pelas orgias, festas e fragrâncias é lendára. 
 
 
O seu óleo favorito era o de Rosa, porque curava enxaquecas, indigestões e levantava o ânimo, tornando-se assim possível continuar os seus festins. 
 
Outro óleo favorito dos Romanos era a Camomila, para tratar problemas de pele e ajudar a sarar feridas.

OS EGIPCIOS

Pelos registros deixados, sabemos que o povo egípcio, cerca de 3000 anos a.C., já utilizava substâncias aromáticas para fins medicinais e cosméticos.

Eles inventaram uma máquina rudimentar de destilação que permitiu a extração de óleos essenciais brutos (não purificados).

Os egípcios usavam óleos essenciais, como cedro, cravo, canela, noz moscada e mirra para embalsamar os mortos. 
Em um túmulo aberto no início do século XX, os traços das ervas foram descobertos em partes intactas do corpo. O aroma, embora tênue, ainda era evidente.

Os egípcios também utilizaram infusões de óleos e preparações de ervas para fins espirituais, medicinais, aromáticos e uso cosmético. 
 
Acredita-se que os egípcios inventaram o termo perfume (do latim per fumum), que se traduz como “através da fumaça”. 
 
No antigo Egito, tanto homens quanto mulheres utilizavam fragrâncias no seu dia-a-dia. Entretanto, os homens utilizavam um método de aplicação de fragrâncias interessante e diferente: colocavam um cone sólido de perfume sobre a cabeça, que se derretia gradualmente, cobrindo-os com a fragrância.
 
 

OS GREGOS



Os gregos aprenderam muito com os egípcios, mas a mitologia grega concede o dom e o conhecimento dos perfumes aos deuses. Os gregos também reconhecem os benefícios medicinais e aromáticos das plantas. 
Hipócrates, comumente chamado de "pai da medicina" praticava fumigações para conseguir benefícios aromáticos e medicinais. Comumente, os soldados gregos carregavam um ungüento à base de mirra (rica em componentes cicatrizantes anti-sépticos) para tratar ferimentos.

Um perfumista grego conhecido pelo nome de Megallus criou um perfume chamado megaleion, que se tornou o mais famoso perfume da Grécia antiga. 
O megaleion, composto de canela e mirra, servia para vários propósitos: 
para aromatizar, para aplicação na pele por suas propriedades anti-inflamatórias, para curar feridas. Era um poderoso agente cicatrizante
 

Um comentário:

  1. Este ano vamos ter dias 04 e 05 de Agosto em BH o 1o Congresso Internacional de Aromatologia para discutir sobre aromas, aromaterapia e aromatologia. www.congressoaromatologia.com.br
    Outras informaçõe spodem ser obtias nos sites do Instituto Brasileiro de Aromatologia www.ibraromatologia.com.br e na Laszlo Aromaterapia www.laszlo.com.br

    ResponderExcluir